O prefeito da cidade de Bela Vista do Maranhão, José de Augusto Sousa Veloso, juntamente com outros indivíduos, se tornou o alvo central da Operação Involuto, uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Ministério Público do Maranhão. Esta operação, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (01), tem como objetivo desmantelar organizações criminosas envolvidas em uma série de delitos, incluindo lavagem de dinheiro, fraude em licitações, peculato, corrupção e outros crimes.
Além do prefeito, a secretária municipal de Finanças, Almerinda Alves de Sousa, ex-funcionários públicos, empresários e uma empresa contratada pelo município estão sob investigação. Um total de 19 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em várias cidades, incluindo Pio XII, Pedreiras, São Luís, Santa Inês, Marabá – PA e Belém – PA. Além disso, foi autorizado o bloqueio de mais de R$ 5 milhões nas contas bancárias de todos os envolvidos.
A operação conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, que está fornecendo suporte operacional para o cumprimento dos mandados com 19 equipes, totalizando cerca de 60 agentes. Os promotores de justiça do Gaeco dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon, juntamente com a Polícia Civil do Maranhão (1º Deccor de São Luís, 1º Deccor de Imperatriz e 1º Deccor de Timon), e os Promotores de Justiça de diversas comarcas do estado também participam da operação.
A Operação Involuto também contou com o apoio da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (Caei-MPMA) e do Grupo de Atuação de Inteligência e Segurança (GSI), bem como do Gaeco do Ministério Público do Pará, que auxiliaram nas investigações e cumprimento dos mandados.
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão minuciosamente analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) e serão utilizados como parte do conjunto probatório no procedimento investigatório criminal instaurado.
O nome “Operação Involuto” foi escolhido com base no latim e significa “rosto coberto”, fazendo referência à ocultação dos desvios realizados por meio da utilização das contas bancárias dos investigados, devido à falta de transparência nas contratações. A operação visa trazer à luz os possíveis crimes cometidos e garantir que a justiça seja feita.