Duas irmãs da cidade de Caxias, Maranhão, foram atendidas com suspeita de febre maculosa em um hospital de Teresina, Piauí. A doença, também conhecida como “doença do carrapato”, é uma infecção febril com variáveis graus de gravidade e uma taxa de letalidade consideravelmente alta.
As pacientes, que recentemente visitaram a zona rural de Caxias, apresentaram sintomas consistentes com a febre maculosa, incluindo febre, dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés e possíveis sinais de gangrena. Foram encaminhadas para avaliação ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina.
Apesar dos sintomas preocupantes, as irmãs não apresentam quadro clínico grave e foram liberadas para tratamento domiciliar. Elas estão sob monitoramento da equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Caxias.
Os resultados dos exames para confirmar a doença podem levar até 30 dias para serem liberados. Enquanto aguardam os resultados, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e a Vigilância Epidemiológica de Caxias iniciaram uma varredura na região rural que as irmãs visitaram, em busca do carrapato estrela, vetor da doença.
A febre maculosa pode se tornar grave se não for tratada a tempo, levando a paralisia dos membros, iniciando pelas pernas e podendo chegar aos pulmões, causando parada respiratória. Com a evolução da doença, também é comum o surgimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
O diagnóstico é desafiador, particularmente nos primeiros dias da doença, devido à semelhança de seus sintomas com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo ou pneumonia.
O tratamento é realizado com um antibiótico específico e deve ser iniciado assim que a suspeita surge. Em alguns casos, a internação hospitalar pode ser necessária.
A prevenção é baseada na prevenção do contato com o carrapato. Entre as principais medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, estão o uso de roupas claras para identificar facilmente os carrapatos, evitar andar em locais com vegetação alta, usar repelentes contra carrapatos e realizar controle com antiparasitário nos animais domésticos. Além disso, caso os carrapatos sejam encontrados no corpo, é importante retirá-los corretamente, preferencialmente com uma pinça, para evitar o risco de contaminação.