Na manhã desta sexta-feira (24), ocorreu uma fiscalização no Hospital Municipal de Imperatriz e no Hospital Municipal Infantil da cidade, realizada por profissionais do Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde do Maranhão, com o objetivo de averiguar as condições estruturais, falta de medicamentos, quantidade de leitos de UTI, qualidade do atendimento prestado aos pacientes, funcionamento correto dos equipamentos médicos, fornecimento de insumos e também a qualidade do ambiente de trabalho dos profissionais das duas unidades hospitalares.
Além disso, os agentes também apuraram durante a fiscalização denúncias de infiltrações, mofos, fiações expostas, portas quebradas, risco de infecção, falta de padrões de higiene exigidos, entre outras irregularidades dos hospitais. Após as fiscalizações, serão emitidos laudos técnicos que irão servir como provas na Ação Civil Pública para a correção das irregularidades do Socorrão e Socorrinho. As equipes se dividiram para percorrer os três andares dos dois hospitais da cidade e realizar as inspeções. Participaram das fiscalizações de hoje os Conselhos de Fiscalização de Medicina, Fisioterapia, Farmácia, Enfermagem, Técnico em Radiologia e Fonoaudiologia.
As inspeções também foram feitas pelo Ministério Público, através dos promotores de justiça da saúde e de defesa da probidade administrativa de Imperatriz e a Defensoria Pública por meio do defensor dos direitos difusos e coletivos. Vale lembrar que as duas instituições movem no total 9 ações civis públicas contra o município que pedem para resolver os problemas dos dois hospitais.
Outras investigações sobre a saúde em Imperatriz
A Comissão Processante também apura e investiga diversas denúncias da saúde de Imperatriz, principalmente do Socorrão. A Comissão havia voltado com as audiências na semana passada, após 10 meses suspensa, onde ouviu as testemunhas elencadas pela defesa do prefeito e depois o depoimento dele seria ouvido. Porém, os trabalhos foram novamente suspensos após decisão da justiça. A audiência com o prefeito Assis Ramos, que estava marcada para a última terça-feira (21), na Câmara Municipal, foi desmarcada até o julgamento final do recurso.
De acordo com a comissão, as oitivas das testemunhas elencadas são fundamentais para esclarecer os fatos e apurar eventuais responsabilidades. Além das testemunhas de defesa do denunciado, as testemunhas indicadas pela Comissão Processante também seriam ouvidas, para esclarecer e entender as dúvidas sobre o processo de investigação.
No ano passado, a comissão chegou a ouvir pacientes do Hospital Municipal de Imperatriz, para coletar informações sobre a situação dos serviços prestados no hospital. Na época, a comissão também apurou denúncias de falta de funcionamento do Tomógrafo e raio-x da unidade hospitalar, como também de falta de medicamentos e materiais para cirurgias.