O Ministério Público do Maranhão levará a júri popular, nesta quarta-feira (19), em Imperatriz, Gabriel Henrique de Souza Leite, de 20 anos, por matar a facadas a namorada Jhenypher Almeida da Silva, de 17 anos, a facadas, na cidade de Davinópolis. O crime ocorreu em 2022 e foi motivado por uma foto postada por Jhenypher e duas amigas, que também foram mortas por ele, nas redes sociais, fazendo um “três” que supostamente representava uma facção rival.
O crime hediondo, marcado pela brutalidade, onde o corpo de Jhenypher foi encontrado às margens do Riacho Cacau, vítima de múltiplas facadas. Gabriel enfrenta acusações de homicídio qualificado e feminicídio, agravadas pelo motivo fútil do crime, pela crueldade empregada e pela dificuldade de defesa da vítima. As penas para esses delitos podem variar de 12 a 30 anos de prisão, conforme o Código Penal brasileiro.
Segundo Thiago Quintanilha, titular da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz, Gabriel, à época do crime, mantinha um relacionamento com Jhenypher. O estopim para o assassinato teria sido uma foto da jovem com amigas publicada nas redes sociais, na qual faziam um gesto associado à rivalidade de facções criminosas locais.
Além do homicídio de Jhenypher, Gabriel também é acusado de envolvimento nas mortes das outras duas adolescentes, identificadas como Amanda, de 18 anos, e Débora, de 13 anos, cujos corpos foram descobertos anteriormente pela polícia. O julgamento desses casos ocorrerá separadamente, devido às circunstâncias distintas de descoberta dos corpos.
O réu enfrenta ainda acusações conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, por corromper menores de 18 anos para o cometimento de infrações penais, com pena adicional prevista de um a quatro anos de prisão.
Embora outros nomes tenham sido apontados nos autos como possíveis cúmplices nos homicídios, o Judiciário considerou a ausência de indícios suficientes de autoria contra Alex Sandro Nogueira dos Santos, Douglas da Conceição Sousa, Luiz Guilherme Pereira de Sousa Lima Noleto e Luiz Guilherme de Sousa Vieira.
Entenda sobre o crime:
O caso foi descoberto após a polícia receber informações anônimas de corpos encontrados na região do riacho Cacau, na segunda-feira (1). Os pais de Amanda, de 18 anos, e Débora, de 13, reconheceram os corpos das filhas, desaparecidas desde a última quinta-feira (28).
Depois de levantamento preliminar, verificou-se que havia marcas de golpes de arma branca nas regiões do pescoço e do braço, além de duas no abdômen.
Nesta terça-feira (2), Jennifer, de 17 anos, teve o corpo encontrado também por moradores no riacho Cacau. Ela teria desaparecido após sair para procurar por Débora e Amanda.