Edimar Lima do Carmo, acusado de matar a tiros o segurança Jefferson de Lucena, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. O julgamento começou ontem (22), no Fórum de Imperatriz, e encerrou durante a madrugada de hoje (23). O crime ocorreu em 2010, a vítima estava trabalhando em uma boate no centro de Imperatriz, chegou a ficar internada no hospital, mas veio a óbito dias depois.
O pai e irmão do réu, também foram julgados na mesma sessão, por ajudar o acusado a fugir na época do crime. Os dois, identificados como Edson Gomes do Carmo e Edson Lima do Carmo, foram absolvidos durante o julgamento.
O julgamento, que ocorreu no Salão do Júri de Imperatriz, estava previsto para começar às 8h da manhã. Houve um atraso e se estendeu até às 1 hora da madrugada desta quinta-feira, quando foi proferida a sentença. A sessão foi presidida pela juíza Edilza Barros Ferreira Lopes Viégas, titular da 1ª Vara Criminal de Imperatriz.
O caso foi de grande repercussão na imprensa e sociedade, durante a época do ocorrido.
O crime
De acordo com as investigações, no dia 23 de março de 2010, por volta da 4 da manhã, na boate localizada na rua Bom Jesus, próxima à a Praça da Cultura, Edimar Lima desferiu disparos de arma de fogo contra a vítima, utilizando um revólver de calibre 32, deixando Jefferson gravemente ferido.
O réu empreendeu fuga com o seu pai e irmão em um carro, que estavam lhe dando cobertura. De acordo com a polícia, Edimar estava na porta do estabelecimento, quando foi perguntado por José Jefferson, segurança da boate, o que ele estava fazendo ali.
Após a pergunta, o acusado teria sacado o revólver e disparado contra a vítima, para em seguida fugir com a ajuda do pai e irmão. Durante a fuga, o carro do réu colidiu com outro veículo. Após o acidente, os três foram até a casa de um policial militar e informaram sobre a colisão entre os carros.
Foi constatado pelas investigações que antes dos disparos, que os irmãos já haviam se desentendido com a vítima dentro da boate, pois Edimar não queria pagar o que havia consumido dentro da casa noturna.
O PM emprestou o seu carro para os três e eles se dirigiram até uma chácara, no município de Governador Edison Lobão, onde ficaram por uma hora. Depois eles fugiram para a cidade de Lajeado Novo, no Maranhão, a 141 km distante de Imperatriz. Mas eles foram abordados no caminho pela polícia e presos. No depoimento dado à polícia, Edimar confessou ter atirado em José Jefferson. Eles foram presos em flagrante, mas depois liberados por uma habeas corpus.
Decisão do julgamento
No julgamento de ontem (23), o pai e o irmão do acusado foram absolvidos, pois o conselho de sentença não atribuiu a autoria do crime aos réus. O MP pediu a prisão preventiva de Edmar Lima, mas a juíza negou, e ele pode recorrer em liberdade da decisão.
