Nesta sexta-feira (06), ocorreu uma coletiva de imprensa no auditório da Delegacia de Polícia Federal de Imperatriz, com o delegado Marcos Vinicius Cavalcante, para dar mais detalhes sobre uma grande apreensão de munições na cidade, que estavam sendo comercializadas de forma ilegal. A operação da Polícia Federal ocorreu na última terça-feira (03). De acordo com a PF, uma nova contabilização constatou que 18 mil munições foram apreendidas na operação “Cessar Fogo”.
Todas as munições são de origem desconhecida e estavam escondidas em um estabelecimento que atua na comercialização de armas e munições, no bairro Mercadinho. Ainda segundo a Polícia Federal, o estabelecimento tinha autorização para funcionar, mas as investigações apontaram um esquema ilegal de venda de munições, com uso de documentos falsos.
A operação foi de combate ao comércio ilegal de munição e armamento, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A grande apreensão ocorreu durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão nos locais alvos das investigações. Uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A Polícia Federal não descarta a hipótese de que o esquema poderia estar abastecendo o mundo do crime em Imperatriz.
A ação é chamada de “Operação Cessar Fogo” e teve a participação de 16 policiais federais do estado do Maranhão. A investigação teve início no âmbito do inquérito policial instaurado pela Polícia Federal, que constatou que os investigados estavam apresentando documentos e declarações falsas nos procedimentos para a comercialização de armas e munições.
Ainda de acordo com as investigações, a suspeita é que o esquema ilegal estava sendo praticado pela empresa desde 2022. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Imperatriz.
Penalidades
De acordo com a Polícia Federal, os investigados poderão responder por falsidade ideológica (Artigo 299, do Código Penal), uso de documento falso (Artigo 304, do Código Penal), e comércio ilegal de armamento e munição ( Artigo 17, do estatuto do desarmamento), com penas que somadas podem chegar a 17 anos de prisão.
A operação foi denominada ‘Cessar Fogo’ devido à temática relacionada ao estatuto do armamento e à venda indiscriminada de armas, que fomenta a criminalidade no país. O objetivo da operação é combater essa atividade ilegal.