Um ato de protesto pedindo por justiça por Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, que foi brutalmente assassinada no município de Maranhãozinho, no interior do estado, será realizado em São Paulo capital, na próxima segunda-feira (18). A família da vítima suspeita que o homicídio tenha sido crime de ódio. A vítima havia se mudado recentemente para a cidade com a companheira.
O protesto é organizado pelo grupo de direitos das pessoas LGBTQIA+ e tem o objetivo de pressionar o congresso para a aprovação de lei que combata o “lesbocídio”, classificado, de acordo com o grupo, quando uma lésbica é alvo de crime violento. O caso está sendo investigado pela Superintendência de Polícia Civil do Interior.
De acordo com a Polícia Militar, ela teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas arrancados. A PM foi acionada pelo tio da vítima que informou sobre o desaparecimento da sobrinha na madrugada do domingo (10). Ele relatou à polícia que Ana Carolina desapareceu na volta do trabalho e, a bicicleta e o celular dela, haviam sido encontrados próximo a casa onde ela morava.
Policiais militares iniciaram uma busca na região para tentar localizar a jovem. Segundo a PM, uma vizinha teria relatado aos policiais que ouviu uma mulher chorando na presença de um rapaz em uma motocicleta.
À polícia, a testemunha que não foi identificada, contou que chegou a usar uma lanterna na direção onde estava a mulher e o rapaz na moto para tentar ver o que estava acontecendo. Em seguida, o homem teria colocado a moça na motocicleta e fugido do local em direção a uma estrada vicinal que dá acesso ao Povoado Cachimbós, em Maranhãozinho.
Após buscas na área indicada pela testemunha, os policiais encontram o corpo de Ana Caroline. A jovem foi morta com requintes de crueldade e a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas haviam sido retiradas pelo autor do crime. As partes do corpo não foram encontrados no local.
O corpo de Ana Caroline foi velado na última quarta-feira (13),em uma igreja em Centro Guilherme, sua cidade natal. No caminho para o sepultamento da jovem, os familiares fizeram um protesto pelas ruas da cidade e pediram justiça pelo caso.
Em nota enviada ao Mais Maranhão, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI). De acordo com a polícia, testemunhas e familiares estão prestando depoimento na Delegacia de Governador Nunes Freire para tentar localizar os suspeitos do homicídio.