O Tribunal de Justiça do Maranhão negou um pedido de recurso apresentado pela defesa de Elizeu Carvalho, acusado de assassinar brutalmente a jovem Ana Caroline Sousa Campelo, de 21 anos, no dia 10 de dezembro de 2023, na cidade de Maranhãozinho. Com a rejeição, o acusado irá a júri popular. O corpo de Ana Caroline foi encontrado com a pele do rosto, olhos, orelhas e parte do couro cabeludo arrancados.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Elizeu Carvalho é o homem que aparece em um vídeo, registrado por câmeras de segurança, seguindo a vítima em uma moto poucas horas antes de cometer o crime. Ainda de acordo com a denúncia do MP, Ana Caroline teria sido assassinada por asfixia.
A jovem morava na cidade de Centro do Guilherme, mas havia se mudado poucos meses antes do crime para morar com a namorada, no município de Maranhãozinho. O réu nega que tenha participado do crime. Ele segue preso em uma unidade prisional de São Luís. A data do júri popular ainda não foi divulgada.
O crime
Na noite do crime, por volta da 1h, Ana Caroline estava voltando do trabalho quando começou a ser perseguida pelo acusado em uma motocicleta. Próximo à casa da vítima, em uma área isolada, o acusado teria forçado Ana Caroline a subir em sua moto e a levado para uma estrada vicinal em direção ao Povoado Cachimbós, onde a matou por asfixia. Uma vizinha testemunhou ter visto Ana Caroline com um homem de camiseta branca em uma moto pouco antes de seu desaparecimento.
Imagens de câmeras de segurança registraram os momentos anteriores ao crime. As gravações mostram Ana Caroline pedalando pela Rua Nova Um em direção à estrada para Cachimbós. Momentos depois, um homem de camiseta branca em uma moto segue o mesmo trajeto.
Em 16 de fevereiro de 2024 , a Perícia Oficial do Maranhão exumou o corpo de Ana Caroline para realizar exames criminalísticos, após solicitação da Polícia Civil, que alegou que o corpo havia sido enterrado sem nenhum exame pericial.
O corpo foi levado para São Luís, onde passou por perícia. A morte de Ana Caroline gerou protestos em várias cidades do país e uma reação da ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que classificou o crime como um ato de lesbofobia e ódio contra mulheres.