Um homem de 39 anos foi preso nesta sexta-feira (20) em Imperatriz, durante uma operação da Polícia Civil, acusado de participação no latrocínio — roubo seguido de morte — do caminhoneiro Jadson Roberto Goudinho dos Reis. De acordo com as investigações, a vítima dirigia uma carreta carregada de grãos de milho, que foi tomada de assalto entre as cidades de Estreito e Porto Franco, no dia 8 de junho deste ano.
A investigação apontou que o veículo foi abandonado às margens de uma estrada de terra na cidade de Lajeado Novo e encontrado poucos dias depois do assalto. Já a carga roubada, avaliada em R$ 58 mil, foi recuperada pela polícia na zona rural do mesmo município.
Jadson estava desaparecido e foi localizado sem vida apenas no dia 17 do mesmo mês, na cidade de Grajaú. Na época, o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz para determinar a causa da morte, já que a perícia técnica do Instituto de Criminalística de Imperatriz não conseguiu determinar devido ao avançado estado de decomposição.
Na mesma operação, a polícia prendeu em Lajeado Novo um fazendeiro de 41 anos, acusado de ter comprado a carga de milho após o crime. Na casa do investigado, foram localizadas duas armas, o que resultou na sua autuação em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
A operação, batizada de Dissensão, investiga roubos de cargas ocorridos no interior do Maranhão. A ação contou com o apoio das Delegacias Regionais de Barra do Corda e de Imperatriz, e do Centro Tático Aéreo (CTA). A força-tarefa foi um desdobramento das investigações que visam desarticular uma associação criminosa responsável por inúmeros roubos de cargas, causando grandes prejuízos ao setor de transporte e distribuição de grãos no estado.
O homem preso em Imperatriz é considerado foi apontado pela investigação como um dos principais membros da organização criminosa, enquanto o fazendeiro atuava como um dos principais receptadores e distribuidores das cargas roubadas. Os nomes dos dois envolvidos no crime não foram divulgados pela polícia.
O chefe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), Augusto Barros, disse que a prisão dos principais líderes desta organização representa uma ação significativa contra o crime organizado, interrompendo suas atividades ilícitas e restaurando a segurança e a confiança no transporte de cargas no Maranhão.
Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário, e as investigações da Polícia Civil do Maranhão continuarão em andamento para identificar e prender todos os membros restantes da organização criminosa.