Justiça arquiva processo contra indígenas acusados de roubar e manter reféns

O processo contra oito indígenas da etnia Akroá Gamela foi arquivado pela Justiça Federal, os suspeitos eram acusados de roubo e por manter  reféns funcionários da equatorial energia e policiais militares.

Imagens de Notícias do Maranhão

O processo contra oito indígenas da etnia Akroá Gamela foi arquivado pela Justiça Federal, os suspeitos eram acusados de roubo e por manter  reféns funcionários da equatorial energia e policiais militares, o caso aconteceu na  Aldeia Cajueiro, localizada na zona rural de Viana, a 217 km de São Luís.

Segundo os indígenas, funcionários da empresa de energia Equatorial estariam instalando postes de energia elétrica e linhões na  Terra Indígena Taquaritiua, que está em processo de demarcação pela Fundação Nacional do Índio (Funai) desde 2014.

A Polícia Militar foi chamada por causa de um conflito entre os funcionários e os indígenas, pela tentativa de instalação de postes de energia no local. Mas logo depois os homens da equatorial e os PMs foram feitos reféns.

Na ação, os indígenas tomaram as armas dos policiais e queimaram os veículos da empresa de energia. Os policiais e os funcionários foram liberados após a chegada de outros PMs no local, onde quatro indígenas foram presos. 

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os indígenas não teriam cometido crime porque as ações foram realizadas em um contexto de conflito por terra. 

O juiz federal Luiz Régis Bomfim Filho decidiu arquivar o caso, após pedido do Ministério Público Federal. Segundo o MPF, os indígenas não tiveram a intenção de roubar as armas e munições, mas somente impedir a instauração de um conflito armado, o que poderia colocar em risco a vida dos membros da aldeia.

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