Mais uma mulher indígena foi assassinada no Maranhão. Dessa vez o crime aconteceu na tarde de quarta-feira (04), no município de Santa Inês e a vítima foi identificada como Mikaelane Silva Guajajara, de 23 anos. Ela foi encontrada morta em um dormitório. A polícia foi acionada até o local após vizinhos relatarem barulhos de confusão e de tiros.
O principal suspeito de ter atirado em Mikaelane é o companheiro dela, que também foi encontrado morto no mesmo dormitório e a suspeita é de que ele tenha tirado a própria vida após balear a companheira.A vítima era moradora da terra indígena Pindaré, localizada na zona rural do município de Bom Jardim. A polícia está investigando o crime. Esse é o terceiro caso de feminicídio de mulheres indígenas no Maranhão em duas semanas.
Feminicídios em Amarante
No final da tarde de quarta-feira (04),uma mulher indígena, identificada como Licia Oliveira Guajajara, foi assassinada com golpes de faca pelo próprio marido no bairro Caninana, na cidade de Amarante do Maranhão. De acordo com informações do 34º Batalhão de Polícia Militar, a vítima foi esfaqueada durante uma discussão entre o casal.
A PM também informou que o corpo da vítima foi encontrado pelo filho do casal. O menino comunicou o caso a uma equipe da polícia que passava próximo ao local do crime. Os policiais militares estiveram na casa onde a família morava e confirmaram a morte de Lícia.
O marido, identificado como Izane de Almeida Santos, foi apontado pela polícia como o principal suspeito do crime. Ele não estava no local quando as autoridades chegaram e, desde então, é considerado foragido.
No último dia 21 de agosto, uma mulher indígena identificada como Joanilde Paulino Guajajara, foi morta a golpes de faca pelo próprio marido na cidade de Amarante. A polícia foi acionada para atender à ocorrência no bairro Industrial. O corpo de Joanilda foi encontrado pelos policiais no chão do quarto da casa onde o casal morava, com várias marcas de faca.
De acordo com o delegado Alex Coelho, desde o dia do crime, a polícia estava em busca do suspeito, que é considerado de “extrema periculosidade”, pois já havia sido acusado de praticar outro feminicídio em Imperatriz. Wendel foi preso no povoado Piripiri, entre as cidades de Amarante e Grajaú, dois dias depois do feminicídio. No momento da prisão, o homem tentou fugir do cerco policial em uma moto, mas foi baleado no calcanhar e capturado.
Segundo o irmão de Joanilde, José Guajajara, que é o cacique da Aldeia Guaruru, a vítima estava usando cabelo curto nos últimos dias, pois Wendel cortou os cabelos dela com uma faca.