A Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL-MA) manifesta sua extrema preocupação e total repúdio diante do grave ataque sofrido pela Polícia Civil no interior do Estado, quando uma viatura oficial foi incendiada em clara retaliação de integrantes de uma facção criminosa, após a exitosa operação policial na cidade de Vargem Grande, a qual resultou na prisão de criminosos perigosos.
Esse ato covarde não é apenas uma afronta ao patrimônio público — ele é, sobretudo, uma tentativa deliberada de intimidar o trabalho das forças de segurança e desafiar o próprio Estado Democrático de Direito.
A ADEPOL-MA reconhece que o Governo do Estado tem buscado avançar no fortalecimento da Polícia Civil, a exemplo da recente nomeação de 40 novos delegados e do anúncio de concurso público que, oportunamente, ajudará a enfrentar o histórico problema da grave defasagem de pessoal. No entanto, para além do efetivo, é indispensável que sejam realizados investimentos robustos em áreas estratégicas como inteligência policial e, especialmente, treinamento contínuo. Em recentes pesquisas internas conduzidas pela ADEPOL-MA, delegados de polícia relataram, quase que em sua totalidade, a ausência de treinamentos rotineiros necessários para o enfrentamento não apenas de crimes tecnológicos e cibernéticos, mas também da criminalidade violenta nas ruas.
Não se trata apenas de números ou estatísticas: trata-se de garantir condições mínimas para que as forças policiais possam proteger a população e enfrentar com firmeza o crime organizado. Esse episódio serve como alerta de que não podemos permitir que facções criminosas ocupem espaços que pertencem à lei e à ordem.
A ADEPOL-MA reafirma sua confiança de que as autoridades competentes não medirão esforços para reforçar o apoio à Polícia Civil, garantindo os meios necessários para proteger seus agentes e fortalecer a segurança pública no Maranhão. Reiteramos nosso compromisso com o trabalho sério, técnico e legal, na certeza de que juntos — instituição, governo e sociedade — podemos avançar na defesa da paz e da justiça.