Com crimes que muitas vezes ocorrem dentro de casa, o Maranhão é o sétimo estado com maior violência contra homossexuais no Brasil. O Observatório de Políticas Públicas LGBT, afirma que a maior parte dos crimes que ocorrem com homossexuais não são notificados, por isso os números podem ser bem maiores que os registros.
Raissa Mendonça, presidente da Casa Flore-ser, afirma que a demanda de homossexuais em estado de vulnerabilidade é alta e muitas vezes ela e outros voluntários não dão conta de prestar ajuda a todas que necessitam.
“A nossa população é a mais excluída, a mais morta em nosso país. Vendo a necessidade de um trabalho que realmente desconstruísse essa cultura nós resolvemos criar a Casa Floreser Maranhão. Nós temos 12 pessoas acolhidas na casa, porém nós temos uma fila de mais de 50 pessoas que nos procuram para serem acolhidos e nós não detemos de estrutura suficiente. A nossa estrutura física é até para 90 pessoas. Hoje nós temos só esse número por falta de parceria”, disse Raissa Mendonça em entrevista.
Com a ideia de conscientizar a população sobre os riscos do preconceito que colocam o estado em 7º lugar no ranking nacional de crimes contra homossexuais, o Tribunal de Justiça do Maranhão lançou a campanha “LGBTFOBIA não é opinião, é crime”.
Algumas vítimas como Soraia, Gabrielly Monteiro, Paulinha e Lara Viny foram mortas dentro das suas próprias residências de forma violenta sem a chance de defesa nos primeiros três meses de 2022.