Nesta quarta-feira (24), ocorre no Fórum Henrique de La Rocque Almeida, em Imperatriz, o julgamento do policial militar Jean Claudio dos Reis, acusado de matar a tiros o cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho. O crime ocorreu em novembro de 2014, após uma abordagem do PM em um bar localizado na Rua Monte Castelo, no Centro da cidade, onde disparou cinco tiros contra a vítima.
Na época do crime, Jean admitiu, em depoimento, ter consumido drogas na noite do ocorrido e alegou não se lembrar do assassinato do cinegrafista. Além disso, durante as investigações, foi descoberto que horas depois do assassinato de José Ribamar, Jean também havia matado outro homem no bairro Bacuri.
O PM foi preso na época do crime, porém foi solto em 2015, devido à falta de provas contundentes que o incriminasse, além de controvérsias relacionadas às investigações. Segundo a denúncia do Ministério Público, o PM cometeu o crime por vingança, após ter sido denunciado pelo cinegrafista por agressão a dois sobrinhos da vítima dias antes do homicídio.
O responsável pela acusação é o promotor da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz, Thiago Quintanilha. O Ministério Público do Maranhão pede que Jean Claudio seja condenado de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado, por homicídio qualificado, devido ao crime ter sido cometido por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Entenda mais sobre o crime:
Segundo a denúncia do Ministério Público, na noite de 29 de novembro de 2014, o cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho estava em um bar, acompanhado de suas duas filhas, quando o PM Jean Claudio dos Reis Apinajé chegou ao local portando uma arma. Consta nos autos do inquérito policial que o PM atingiu a vítima com cinco disparos de arma de fogo, causando-lhe ferimentos fatais. As investigações revelaram que o ataque não deu chance de defesa à vítima, que foi encurralado e alvejado nas costas.
A denúcia destacou que o PM planejou o assassinato da vítima, utilizando uma faixa para cobrir uma tatuagem que poderia facilitar sua identificação e certificando-se previamente da ausência do superior hierárquico da vítima. Além disso, Jean Claudio foi reconhecido por testemunhas e imagens de câmeras de segurança, e admitiu estar sob efeito de drogas no momento do crime.
Além disso, uma das filhas relatou que após cometer crime Jean se dirigiu a casa de seu avô paterno, onde efetuou vários disparos de arma de fogo na casa. A grande motivação por trás do crime é de que a vítima havia denunciado o PM após ele agredir dois sobrinhos dele em uma abordagem policial dias antes do crime.
Diante das circunstâncias apresentadas, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Jean Claude dos Reis Apinajé pelos crimes de homicídio qualificado, solicitando seu julgamento pelo Tribunal do Júri e a condenação nas penas previstas em lei.
Confira abaixo a denúcia do Ministério Público: