A estrutura restante da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava o Maranhão ao Tocantins, foi implodida neste domingo (02). De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), 250 kg de dinamites foram usadas na ação. A ação durou menos de 15 segundos.
Apesar da quantidade de explosivos, um dos pilares da ponte, no lado do estado do Tocantins, continuou de pé. O DNIT te informou que os pilares da ponte estavam muito instáveis. De acordo com o órgão, as equipes realizaram a furação e posicionaram os explosivos nos pontos da estrutura onde isso era possível e seguro. Além disso, ressaltou que a detonação foi bem-sucedida. Agora, a próxima etapa será a remoção do que restou da estrutura com o uso de maquinário a frio.
Após a implosão, serão iniciados o serviço de limpeza da área e a obra de reconstrução da ponte. “O prazo previsto para conclusão da ponte é dezembro de 2025, para que a gente possa retomar a trafegabilidade desse importante corredor para o país”, afirmou o diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Fábio Nunes.
A operação foi realizada por meio de fogo controlado – técnica que utiliza o calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados para fragmentar formações rochosas.
Os técnicos responsáveis pela ação fizeram vistorias cautelares nas residências que estão no perímetro da área de segurança da implosão, tanto do lado de Estreito (MA), quanto do lado de Aguiarnópolis (TO). O perímetro de segurança é de 2.148 metros em Estreito e de 2.136 metros em Aguiarnópolis.
As casas que ficam próximas à ponte foram evacuadas, mas moradores em distâncias mais longas disseram que sentiram os tremores causados pela implosão.
Além da evacuação, foram proibidos os tráfegos de veículos em todo o perímetro de segurança, inclusive no rio. Além do DNIT, a ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, a Marinha do Brasil, a Defesa Civil, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a prefeitura dos dois municípios.
A operação de implosão foi planejada e discutida tecnicamente com a ANTT, as concessionárias responsáveis pelas vias ferroviárias próximas ao local e com a Usina Hidrelétrica de Estreito. Durante a operação, o DNIT foi responsável apenas pelo monitoramento da infraestrutura.
TRAGÉDIA
Em 22 de dezembro de 2024, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO) pela BR-226, desabou, resultando na queda de dez veículos no Rio Tocantins. Até o momento, 14 mortes foram confirmadas e três pessoas permanecem desaparecidas. O único sobrevivente foi um homem de 36 anos, resgatado com vida após o incidente.
Entre os veículos que caíram no rio, estão um caminhão carregado com ácido sulfúrico, uma motocicleta e uma caminhonete. Esses veículos ainda não foram removidos das águas do Rio Tocantins.
