O corpo de Maria Eliete Gomes da Silva será velado e sepultado nesta quarta-feira (25), na cidade de Barra do Corda, situada a 449 km da capital, São Luís. Maria Eliete foi uma das vítimas fatais do acidente envolvendo um ônibus na BR-070, em Ceilândia, Distrito Federal, ocorrido no último sábado (21).
O trágico evento resultou na morte de cinco pessoas, incluindo Maria Elisete, oriunda de Barra do Corda, e outros dois maranhenses: Maria de Deus Fernandes Crateus, 64, e João Freire de Sousa, 57, ambos de Coroatá.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) revelou que o ônibus, que transportava passageiros do Maranhão para Brasília, operava de forma clandestina e não seguia os protocolos de segurança exigidos.
O ônibus, carregando 32 passageiros, saiu da pista e tombou no canteiro central, deixando cinco mortos e, pelo menos, 15 feridos. A ocorrência ganhou notoriedade também devido a relatos como o de uma mulher que, momentos antes do acidente, enviou uma mensagem de áudio à família dizendo “Até daqui a pouco”.
Durante o trajeto, o veículo cruzou três postos da PRF no Maranhão: em Caxias, Barra do Corda e Porto Franco, sem ser parado. Entretanto, foi somente no Distrito Federal que encontrou uma barreira. A intenção era que o ônibus fosse escoltado ao terminal rodoviário de Taguatinga, onde os passageiros continuariam viagem em uma linha regular. No entanto, conforme informações da ANTT, o motorista tentou escapar pela BR-070, levando ao acidente.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) optou por manter a prisão de Alexandre Henriques Camelo, 56, dono da empresa, e de Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, 32, motorista do ônibus e filho de Alexandre. Ambos foram presos em flagrante no dia do acidente. A juíza Bruna de Abreu, responsável pela decisão, citou o “desprezo à vida humana” como um dos motivos para a manutenção da prisão preventiva.
A defesa dos acusados inicialmente optou pelo silêncio, mas posteriormente negou as alegações de fuga e anunciou que a empresa interrompeu todas as suas operações enquanto aguarda decisões judiciais.
Familiares das vítimas, incluindo os de Maria Eliete, esperam por respostas dos órgãos reguladores e planejam tomar medidas legais contra a empresa responsável pelo transporte.