A Justiça do Maranhão converteu a prisão temporária em prisão preventiva para a policial militar Sabrinna de Sousa Silva, que matou a tiros o jovem Marcos Vinicius, de 20 anos. O incidente ocorreu durante uma perseguição, quando o jovem estava empinando uma moto nas ruas de Governador Edison Lobão, a cerca de 490 km de São Luís.
O caso ocorreu em 25 de fevereiro, resultando na prisão temporária da PM em Imperatriz, sob suspeita de homicídio. Com a conversão para prisão preventiva, Sabrinna permanecerá detida até uma decisão de revogação judicial.
A decisão da 2ª Vara Criminal de Imperatriz salienta que a prisão preventiva se justifica pela necessidade de manutenção da ordem pública, considerando a extrema violência da ação da policial. Segundo a determinação, não havia motivo para a perseguição policial, uma vez que não existem evidências, testemunhos ou relatos da própria acusada que justifiquem a abordagem realizada.
Quatro laudos do Instituto de Criminalística (ICRIM) foram encaminhados à Delegacia Regional de Imperatriz, evidenciando a presença de três projéteis de arma de fogo, sendo um retirado do corpo de Marcos e os outros dois encontrados no local. Os projéteis estão sendo analisados para comparar com a arma utilizada por Sabrinna.
Além do processo criminal, a PM responde a um processo administrativo por parte da Polícia Militar do Maranhão, que investiga sua conduta na morte do jovem.
Em resposta à decisão judicial, a defesa da PM Sabrinna respeita, mas discorda da prisão preventiva, alegando que não há fundamento para tal medida, uma vez que a perícia técnica demonstrou a ausência de intenção de matar por parte da policial.
Sabrinna Silva, além de policial, é uma influenciadora digital na região de Governador Edison Lobão, contando com mais de 87 mil seguidores no Instagram. Conhecida por publicar vídeos de humor e compartilhar sua jornada até se tornar policial militar, ela também realiza publicidade para lojas. Em 2022, foi homenageada pela Câmara Municipal de Imperatriz por sua atuação durante a detenção de um assaltante.
O corpo de Marcos Vinícius da Silva foi velado em sua residência e enterrado no cemitério local, gerando comoção na cidade e motivando protestos por justiça. O jovem trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma fábrica de rações e, nos fins de semana, se divertia com amigos praticando manobras com sua moto.