De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Maranhão figura como o segundo estado brasileiro com maior número de focos de queimadas. Estatísticas recentes mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 2.870 pontos de incêndio. Segundo o Inpe, 95% desses incidentes são provocados por ação humana, consequência de queimadas irregulares.
Durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem, o número de focos de incêndios tende a aumentar, sobretudo em áreas florestais. A vegetação mais seca, aliada ao calor intenso, torna-se propensa a incêndios.
Para conter o avanço dessas ocorrências, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) intensifica as atividades da Operação Maranhão Sem Queimadas, que ocorre de julho a dezembro. As equipes se concentram nas regiões com maior histórico de casos, em uma força tarefa que conta com o apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Defesa Civil do Estado.
Durante a operação, os bombeiros trabalham para combater as queimadas ilegais em duas frentes: ação preventiva, com orientações à comunidade sobre o manejo correto do fogo, e ação direta no combate aos focos de incêndio, conscientizando a população sobre os riscos deste ato.
Aproximadamente 300 bombeiros militares serão designados para atuar em regiões com alta incidência de focos de calor e de queimadas durante o período de estiagem. As áreas indígenas também receberão apoio para prevenir incêndios e já estão sendo acompanhadas pelas equipes.
Além das atividades de conscientização, a operação Maranhão Sem Queimadas realiza o monitoramento das áreas, apoio às comunidades, contenção de ocorrências e medidas de apreensão de equipamentos, se necessário.
Em paralelo, o Corpo de Bombeiros também está integrado à Operação Guardiões do Bioma, iniciativa do governo federal que reúne esforços para combater focos de incêndio. A ação é executada nos estados da Amazônia Legal – Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Roraima, Tocantins, Roraima e Maranhão – e no Mato Grosso do Sul, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e das secretarias estaduais de Segurança Pública.