Sete pessoas são presas no MA por causar mais de R$ 70 milhões de prejuízo ao INSS

Três pessoas foram presas em Codó, uma em Bacabal, uma em São Luís e duas em Pedreiras.

Imagens de Notícias do Maranhão

A Polícia Federal deflagrou uma operação que resultou na prisão de oito pessoas acusadas de participar de um esquema criminoso nos estados do Maranhão e do Piauí. A operação, que visou desarticular um grupo que criava identidades de idosos fictícios para receber benefícios indevidos, ainda tem dois investigados em situação de foragidos.

As autoridades agiram em várias frentes, com três pessoas presas em Codó, uma em Bacabal, uma em São Luís, duas em Pedreiras e uma em Parnaíba. A ação não se restringiu apenas às detenções. Um funcionário da prefeitura de Trizidela do Vale, no Maranhão, também foi afastado de suas funções por determinação judicial, indicando a possível extensão deste esquema para dentro de instituições públicas.

O esquema investigado pela PF caracterizava-se pela falsificação de documentos de identidade e alterações em transferências de benefícios. De forma ainda mais audaciosa, o grupo reativava benefícios de pessoas já falecidas através de “provas de vida” forjadas. A trama foi detalhada pela Polícia Federal, que encontrou 505 benefícios suspeitos de fraude.

Durante a operação, os agentes realizaram buscas em diversos endereços nas cidades de Parnaíba e Teresina, no Piauí, e também em São Luís, Bacabal, Codó, Grajaú, Pedreiras e Trizidela do Vale, no Maranhão. Nessas buscas, procuravam-se documentos e outras evidências que pudessem corroborar as práticas ilícitas em investigação.

A dimensão econômica do esquema é tão significativa quanto sua complexidade. A Polícia Federal estima que o dano aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega a R$ 71 milhões. Em contrapartida, a suspensão dos benefícios fraudulentos pode representar uma economia de mais de R$ 44 milhões.

O flagrante de um dos indivíduos detidos em Bacabal ilustra a audácia do grupo. Ele estava acompanhado por um idoso, que havia sido cooptado a se passar por outra pessoa utilizando documentos forjados, com o intuito de sacar valores de benefícios fraudulentamente.

A gravidade dos atos praticados pelos envolvidos é refletida na lista de acusações que enfrentarão: organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.

 

Sair da versão mobile