Em uma trágica reviravolta da história, o sequestro do voo 375 da VASP, ocorrido em 29 de setembro de 1988, retorna às manchetes com o lançamento do filme “O Sequestro do Voo 375”. O longa-metragem, dirigido por Marcus Baldini, narra a história real do sequestro do Boeing 737-300, que abalou o Brasil há 35 anos.
O protagonista deste drama foi o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, então com 28 anos. Passageiro do voo, Raimundo decidiu sequestrar o avião, que havia partido de Porto Velho (RO) com destino ao Rio de Janeiro. Após uma escala no Aeroporto Confins, em Belo Horizonte, onde 60 passageiros embarcaram rumo à capital carioca, a situação escalou dramaticamente.
Armado, Raimundo Nonato assumiu o controle da aeronave, rendendo o piloto e o copiloto. Seu plano era realizar um atentado ao Palácio do Planalto, com o objetivo de “acertar as contas” com o então presidente da República, José Sarney, a quem culpava por problemas pessoais e desemprego.
A tensão no voo foi interrompida por uma manobra arriscada, conhecida como tunneau – um giro completo sobre o eixo da aeronave. Essa ação salvou a tripulação e os passageiros, embora o copiloto tenha sido ferido por um disparo de Raimundo Nonato.
Sem combustível devido à manobra, o voo foi forçado a aterrissar em Goiânia. Foi neste momento que a Polícia Federal interveio, baleando o sequestrador quando ele descia a escada da aeronave com o comandante como refém. Essa ação heroica marcou o fim do sequestro, mas deixou um legado de tristeza, com uma morte e três feridos.