A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15), uma operação que investiga empresas, em Imperatriz, em um esquema de fraudes bancárias pela Internet, que deixou um prejuízo de R$ 2.354.027,72 a Caixa Econômica Federal. De acordo com as investigações, as empresas pertencem a um grupo de quatro irmãos.
Segundo a PF, os investigados utilizavam boletos falsos para encobrir os valores furtados de contas bancárias da Caixa utilizando as próprias empresas, do ramo alimentício, e também fornecedoras de equipamentos para esse setor. Os nomes das empresas e dos investigados não foram divulgados.
Ao todo, 28 policiais federais deram cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Imperatriz. As ações judiciais têm o objetivo se recuperar a quantia levada pelo grupo. Desses mandados, 14 foram cumpridos na cidade de Imperatriz e um em São Luís.
O grupo criminoso utilizou tecnologias cibernéticas avançadas para cometer o crime, tais como RAT (programa malicioso que acessa remotamente aparelhos como celulares, computadores e sistemas) e IP Spoofing (criação de pacotes de IP com endereço IP de origem falsa).
Até o momento, ninguém foi preso. Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelo crime de furto mediante fraude (Art. 155, 4º, II, do Código Penal), cuja pena pode chegar a 8 (oito) anos; e pelo crime de lavagem de dinheiro (Art. 1º, da Lei nº 9.613/98), cuja pena pode chegar a 10 (dez anos) anos.
O nome da operação (TriDáblio – WWW) faz referência ao objeto das investigações, consistente em fraudes bancárias perpetradas pela Internet, ou seja, crimes cibernéticos.