TRABALHADOR LEVA UM TIRO APÓS COBRAR SALÁRIO ATRASADO A EMPREGADOR

Um trabalhador levou um tiro de espingarda calibre 12 na nuca, após cobrar o pagamento de salários atrasados ao empregador

Imagem de divulgação

. O homem se fingiu de morto após ser baleado para realmente não ser executado no local, a vítima fugiu por uma mata fechada até chegar em uma estrada por onde conseguiu fugir.

Em seu depoimento, a vítima fala que havia sido contratada para realizar os serviços de roço de juquira (preparar o pasto para o gado) e roço de aceiro (retirar vegetação próxima à cerca) na fazenda São Sebastião.
As situação relatadas chegou ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria-Fiscal do Trabalho e Polícia Federal, onde iniciaram uma operação para resgatar trabalhadores quem vivem análogos a escravidão. O resultado foi o resgate de quatro trabalhadores em duas fazendas pertencentes ao mesmo proprietário.

Além do trabalhador alvejado por espingarda, mais três trabalhadores foram resgatados. Um deles, idoso com 62 anos de idade, precisou ser levado de ambulância ao hospital, pois apresentava fortes sintomas gripais. Exames laboratoriais confirmaram que se tratava de Covid-19, agravada por desnutrição e desidratação. Ele atuava como caseiro e vigia há mais de um ano, em troca de alimentação e moradia.

Os outros dois trabalhadores foram resgatados na fazenda Bananal, propriedade do mesmo fazendeiro, situada a 56 quilômetros de distância da fazenda São Sebastião. Não havia qualquer contrato formal de trabalho, nem concessão de férias e descanso semanal remunerado.

Na inspeção nas duas fazendas, foi flagrado o abrigamento dos trabalhadores em barracões em condições precárias de higiene e saúde e segurança, com problemas na proteção contra intempéries e animais peçonhentos, ausência de água potável e de energia elétrica, entre outras irregularidades.

“A água fornecida é proveniente de poço cacimbão, sem qualquer filtragem; as instalações elétricas são impróprias, com fiação exposta no teto; animais, como porcos, habitam o barraco, especificamente o ambiente da cozinha, formando uma espécie de chiqueiro ou poça de lama na área de preparo de alimentos”, explica o procurador-chefe do MPT-MA Luciano Aragão, que participou da operação de resgate.

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Imagem divulgação Policia Federal
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