Caso de duas irmãs com febre maculosa é investigado em Caxias

Duas Irmãs de Caxias, a 364 km de São Luís, foram atendidas em um hospital de Teresina, no Piauí, com suspeita de febre maculosa, que é uma doença transmitida pela picada do carrapato.

Imagens de Notícias do Maranhão

Duas irmãs da cidade de Caxias, Maranhão, foram atendidas com suspeita de febre maculosa em um hospital de Teresina, Piauí. A doença, também conhecida como “doença do carrapato”, é uma infecção febril com variáveis ​​graus de gravidade e uma taxa de letalidade consideravelmente alta.

As pacientes, que recentemente visitaram a zona rural de Caxias, apresentaram sintomas consistentes com a febre maculosa, incluindo febre, dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés e possíveis sinais de gangrena. Foram encaminhadas para avaliação ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina.

Apesar dos sintomas preocupantes, as irmãs não apresentam quadro clínico grave e foram liberadas para tratamento domiciliar. Elas estão sob monitoramento da equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Caxias.

Os resultados dos exames para confirmar a doença podem levar até 30 dias para serem liberados. Enquanto aguardam os resultados, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e a Vigilância Epidemiológica de Caxias iniciaram uma varredura na região rural que as irmãs visitaram, em busca do carrapato estrela, vetor da doença.

A febre maculosa pode se tornar grave se não for tratada a tempo, levando a paralisia dos membros, iniciando pelas pernas e podendo chegar aos pulmões, causando parada respiratória. Com a evolução da doença, também é comum o surgimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

O diagnóstico é desafiador, particularmente nos primeiros dias da doença, devido à semelhança de seus sintomas com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo ou pneumonia.

O tratamento é realizado com um antibiótico específico e deve ser iniciado assim que a suspeita surge. Em alguns casos, a internação hospitalar pode ser necessária.

A prevenção é baseada na prevenção do contato com o carrapato. Entre as principais medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, estão o uso de roupas claras para identificar facilmente os carrapatos, evitar andar em locais com vegetação alta, usar repelentes contra carrapatos e realizar controle com antiparasitário nos animais domésticos. Além disso, caso os carrapatos sejam encontrados no corpo, é importante retirá-los corretamente, preferencialmente com uma pinça, para evitar o risco de contaminação.

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